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O posicionamento da Associação Nacional dos Fabricantes de Cerâmica para Revestimentos, Louças Sanitárias e Congêneres (Anfacer) acerca das perspectivas em relação ao preço do gás no longo prazo foi destaque no AE Energia, produto da Agência Estado voltado para este mercado.

A reportagem buscou esclarecer como a nova lei do gás poderá contribuir para o desenvolvimento de diversos setores brasileiros, incluindo o de cerâmica. A expectativa é de que a medida traga queda no custo da molécula e maior competitividade para a indústria, ampliando a produção e atraindo novos investimentos.

Na reportagem, o presidente do Conselho de Administração da Anfacer, Benjamin Ferreira Neto, explica que indústria de cerâmica, que tem no insumo cerca de 30% de seus custos, dependendo do processo utilizado, estima que o impacto da nova lei deverá acontecer em dois anos, período estimado para sua regulamentação.

Ao AE Energia, Ferreira Neto compartilhou sua visão em relação a possibilidade de se buscar supridores alternativos que possam oferecer soluções de fornecimento mais vantajosa para a indústria: "Enquanto as informações não forem tão claras, e for possível realmente ter acesso à infraestrutura básica, não há possibilidade de indústria como a nossa fazer um contrato com novo supridor em função dessa incerteza ou da impossibilidade de saber ao certo se o gás vai chegar até nós através desse novo supridor", disse.

O setor vive um momento de expansão no país, devido à crescente demanda por materiais cerâmicos em função das reformas estimuladas durante a pandemia. "Hoje o setor já trabalha com 100% da capacidade e com investimentos sendo previstos em função dessa dinâmica, mas com certeza a redução no preço do gás impacta não só o resultado que pode ter aqui dentro, mas, principalmente, na competitividade no mercado internacional", disse o presidente.

O Brasil é o terceiro maior produtor e segundo maior consumidor, mas apenas o sexto maior exportador. "Dentro dessa dinâmica a gente imagina que na hora que isso (a redução do preço do gás) puder acontecer, com os investimentos que já estão ocorrendo no setor, temos a possibilidade de incomodar a Índia como segundo maior produtor, posição que já foi nossa, e dobrar as exportações", explicou Ferreira Neto ao veículo.

A Anfacer prevê um crescimento da produção nacional de 1,2 bilhão de metros quadrados por ano para 1,3 bilhão de metros quadrados por ano. Do volume atual, quase 10% é exportado e o planejamento é dobrar as exportações em até dez anos.

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